quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dança circular acalma a mente e ensina noções de integração
A modalidade também estimula o autoconhecimento e o sentimento de entrega
Por Andressa Basilio


"Ciranda, cirandinha vamos todos cirandar!" Lembra desse hit da infância? Se isso lhe parece nostalgia demais é porque, provavelmente você nunca ouviu falar de dança circular. Mas, não se preocupe, vamos te mostrar mais sobre essa modalidade que vem ganhando adeptos cada vez que os benefícios para o corpo e alma vão ficando mais nítidos.

Um monte de gente desconhecida de mãos dadas e em círculo dançando músicas de roda. Isso pode contrastar com o cenário frio e individual das cidades de hoje, mas é justamente por aqui que a dança circular tem tido espaço para se difundir. "Essa modalidade gera acolhimento e novas amizades. A roda é muito inclusiva e acolhedora.

Túnel do tempo
Mas por que a dança é tão agregadora? A dança foi a primeira forma de expressão criativa do ser humano e expressava uma conexão com o sagrado e com o mundo que estava em sua volta, e a roda foi a forma que os povos antigos adotaram para desenvolvimento da vida em grupo e social.

Apesar de acompanharem a história da humanidade, as danças circulares se tornaram mundialmente conhecidas na década de 60, quando o bailarino alemão Bernhard Wosien (1908-1986), ao entrar em contato com a dança em visita às tribos do interior do leste europeu, adotou os passos e repassou adiante com o objetivo pedagógico. No Brasil, a atividade vem se propagando desde os anos 1980. "Essas danças refletiam a necessidade de comunhão, celebração e união entre as pessoas e, por isso, Bernhard viu o quanto elas eram transformadoras e acabou divulgando e adaptando os movimentos de forma que todos pudessem fazer parte do grupo".

Assim, o primeiro ponto que chama atenção certamente é que a dança circular permite entrar em contato com culturas antigas e distantes de nosso tempo. "É um resgate da dança, dos movimentos e das músicas de outros povos e do nosso povo também, já que hoje temos bastantes passos lúdicos de ciranda e de outras danças folclóricas, típicas da cultura brasileira".

É só começar
Achou interessante? É só procurar um grupo e, literalmente entrar na roda. Cabe ao focalizador - pessoa que ministra os cursos- ajudar com os detalhes. Do resto, a própria roda se encarrega. "Não precisa de nenhum tipo de conhecimento de dança para participar. A gente até brinca que na roda ninguém erra, só varia os passos. O movimento feito em roda é quase auto-explicativo e muito fácil de se aprender".

As danças são feitas, geralmente, com as mãos dadas para que se crie um fluxo de energia entre as pessoas que vai sustentar todo o ambiente no qual a dança é feita. As músicas utilizadas e as coreografias variam de acordo com a região de origem. "Cada dança traz uma história de um povo e por isso, dizemos que com a dança circular você viaja pelo mundo e para o passado".


Roda de Danças Circulares do Parque Ecológico- CAMPINAS

No próximo domingo dia 25/07/10 acontecerá nosso encontro.
às 10hs no antigo restaurante

ESTAREI LÁ...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Saúde alternativa Longe das academias tradicionais, veja as novas formas de cuidar do corpo e relaxar da redação

fonte

Paredes coloridas, flores colhidas do jardim, incensos, janelas que dão para belas vistas e salas equipadas para a prática de exercícios que unem o relaxamento e a boa saúde. Espaços assim se proliferam por cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo e já ganham outras capitais. O público, ávido por novas formas de cuidar do corpo, vai atrás de exercícios menos repetitivos e mais relaxantes. Entre os freqüentadores, gente bem normal. Principalmente a turma que já passou dos 50. Mas os exercícios são para todas as idades.

A ordem é cuidar do corpo de forma consciente e amenizar os efeitos de fatores como má postura, alimentação inadequada, estresse, e daquele cotidiano agitado. As alternativas para relaxar e manter a forma são muitas: Yoga, Rolfing, Pilates, Técnica de Alexander, Bolas Suíças e Consciência do Movimento. Distante da academia convencional, as atividades valorizam o movimento e o equilíbrio, trabalham o corpo e a mente, e ainda prometem uma ponte para o autoconhecimento.

A Yoga, um dos exercícios mais populares na atualidade, leva fama de complicada mas, segundo os professores e orientadores, é um dos tipos que mais respeita o ritmo do corpo. O aluno vai até onde sua capacidade física determina. Já o Rolfing é um método de integração dos músculos e das estruturas do corpo e que ajuda a recuperar a boa postura. A Técnica de Alexander, por sua vez, alivia tensões do dia-a-dia juntando os movimentos e a atividade que eles exercem no corpo.

Os exercícios com as Bolas Suíças são uma grande brincadeira que tonifica e dá equilíbrio ao corpo. Já a prática da Consciência do Movimento é a que, entre os demais, chega mais próximo do que seria o exercício ideal de autoconhecimento. Ela traz para cada praticante o motivo, a causa e a emoção de cada movimento que é feito. É o reconhecimento do corpo, suas articulações, músculos e capacidades.

Outra novidade, o Aerobio une exercícios respiratórios e cardiovasculares que lembram exercícios aeróbicos, mas com uma maior orientação e percepção de movimento e respiração.

A demanda por atividades que envolvam a parte cardiovascular cresce nas diversas academias alternativas por causa das orientações médicas. O estímulo à prática de exercícios que vem dos médicos é causador da participação da grande maioria de pessoas entre 40 e 50 anos de idade

Antiginástica Sem contraindicações e com pouco esforço, modalidade promete corrigir maus hábitos da redação


Quer ganhar mobilidade e vitalidade? Faça o oposto do esperado: a antiginástica. Trata-se de um método pedagógico de auto-conhecimento que pretende ajudar o indivíduo a tomar consciência do próprio eixo do corpo. Ele descobre como a cadeia de músculos está ligada às emoções e aos pensamentos e de como a tensão em uma área influencia o movimento como um todo. Dessa forma, cada um aprende a transformar os próprios hábitos e tornar o corpo mais livre.

A modalidade parte do pressuposto de que as dores musculares são o reflexo das emoções e dos pensamentos. Por isso, os profissionais da antiginástica preferem não apontar o que se chama defeitos e maus hábitos nem tentar corrigir as contrações musculares dos clientes. Eles conduzem o cliente a descobrir por si mesmo as próprias tensões corporais, através das sensações, a conversar sobre o que se sente e a buscar novas posições que os deixe mais confortáveis.

Segundo os princípios da antiginástica, o tecido muscular do corpo funciona de forma encadeada, principalmente, em função de um eixo principal, que fica na parte mais interior, formado por músculos que nunca relaxam. Essa cadeia posterior, que vai da base da cabeça até a sola dos pés, está relacionada com quase todos os movimentos que se faz. Ela sofre o excesso de contração que provoca as principais dores lombares.

"Os músculos não doem por fraqueza, mas por exagero, excesso de força, já que existe um eixo que nunca descontrai", explica a terapeuta Rejane Benaduce, que, há quinze anos, junto com a terapeuta Andrea Cardoso, importou a antiginástica para o Brasil e abre a primeira escola de profissionais de antiginástica no país. Segundo a filosofia, a dor é um chamado, para atentar ao conhecimento dos movimentos desnecessários e o melhor aproveitamento das funções do organismo.

Uma seção de antiginástica dura uma hora e meia e é feita em grupos de, no máximo, cinco pessoas, que refletem sobre as sensações do corpo. A terapeuta orienta, pela fala, que os alunos procurem ficar em determinada postura. Eles começam a conhecer os próprios limites e observam como o excesso de tensão pode se desviar de certos músculos para outros, o que as terapeutas chamam de compensação.

Um exemplo de exercício de compensação é quando se está de pé e leva o tronco para frente com a intenção de encostar as mãos no chão. Se fizer um esforço para o joelho não dobre, o corpo compensa e a cabeça tende a levantar. Dessa forma, a tensão passa da perna para a região do pescoço. Se fizer um esforço para manter a cabeça voltada para o chão, o tronco se contrai e sobe um pouco.


Não há contra-indicações em relação à idade para o trabalho da antiginástica. Os exercícios podem ser realizados por todos, com maior ou menor dificuldade. No início, pode parecer doloroso emocionalmente, pois o cliente entra em contato com tensões e hábitos desagradáveis cultivados ao longo dos anos. Algumas vezes, o trabalho em determinadas regiões do corpo suscita lembranças. "Emoções fortes, boas ou ruins, provocam tensões musculares que podem permanecer por longo tempo como um hábito", diz Rejane. Os terapeutas sabem que, dependendo da região do corpo, determinadas memórias são ativadas. "Porém, não interferimos nesse trabalho de recordação a não ser que seja da vontade da pessoa. Deixamos ela livre para dialogar ou permanecer em silêncio", completa.

A antiginástica foi criada pela francesa Therèse Bergherat. Rejane e sua sócia, Andrea, são as únicas representantes oficiais da escola original no Brasil. As profissionais afirmam que, com a terapia, é possível corrigir até graves problemas de coluna, dependendo do caso. "É um trabalho de longo prazo, depende muito da vontade de cada um", diz Rejane.

23/12/2009

Ginástica sobre bolas Para quem deseja boa forma, sem fazer esforço

Uma alternativa para aqueles que querem ficar com o corpo em forma, mas se recusam a pegar pesos, é a ginástica sobre bolas que, além de tonificar a musculatura, ainda ajuda a relaxar. A grande vantagem da técnica para a terceira idade é a falta do impacto, que elimina riscos de lesões.

De acordo com a fisioterapeuta Yunã Faislon Magalhães, diretora da Clínica Phisyu, no Rio de Janeiro, as bolas ortopédicas foram idealizadas na Suíça pelo Dr. Klun Vogelbach para a reeducação de crianças deficientes. No Brasil, a técnica foi aperfeiçoada e hoje atua sobre a musculatura e as articulações. "A ginástica é realizada com bolas especiais, que agüentam o peso das pessoas. Com elas, podemos trabalhar equilíbrio, força, resistência, relaxamento e coordenação motora", ressalta Yunã.

A fisioterapeuta acrescenta, ainda, que os exercícios podem ser indicados em casos de problemas neurológicos, ortopédicos e reumáticos. De forma geral, não existem contra-indicações."Os ganhos são flexibilidade, resistência, melhora do tônus muscular, resistência", completa a fisioterapeuta. Que o diga a carioca Ezy Dias da Silva, de 62 anos, que já se exercita sobre bolas há quase um ano, durante duas vezes na semana.

Segundo ela, os exercícios favoreceram um maior domínio sobre o corpo, além de eliminar o cansaço que sentia após uma caminhada. "Ganhei mais massa muscular e perdi gordura. Estou com meu corpo em forma, e a alimentação continua a mesma. As pessoas perguntam o que eu faço, porque meu corpo está muito melhor", comemora.

A técnica é mais segura e eficiente, de acordo com Yunã, do que a hidroginástica. Primeiro porque, em alguns casos, a água da piscina não está na altura recomendada para diminuir o impacto. Por outro lado, a piscina anula a ação da gravidade e, desta forma, não fortalece os músculos. Mas as vantagens não páram por aí. "Além do fortalecimento da musculatura, indiretamente o praticante fica mais relaxado e se livra do stress", afirma a especialista. Ezy concorda. "A ginástica é muito agradável. Sinto falta quando não faço, porque relaxa muito e saio da clínica zen. Me considero mais jovem uns 10 anos", afirma.