segunda-feira, 21 de junho de 2010

Época de pinhão


Típico do inverno, o alimento é bom aliado na prevenção de gripes, afasta cãibras e auxilia na manutenção de bons níveis de colesterol


Por Lúcia Nascimento


fotos Diego rousseaux

As temperaturas caem e logo surge o pinhão pelas ruas de muitas cidades da região Sul do País. Em Curitiba (PR), por exemplo, os vendedores deixam de lado frutas e tudo o mais que vendiam nas estações quentes para apostar no pinhão (Araucaria angustifolia). Isso porque comer a semente já faz parte da tradição curitibana, assim como ocorre em Santa Catarina. Sorte deles. O alimento é rico em diversos nutrientes que, aliados a uma alimentação balanceada, fazem bem à saúde.

As principais vantagens se devem à boa quantidade de fibras. Em 100 gramas de pinhão são encontrados 15,6 gramas do nutriente, mais da metade de sua recomendação diária. Elas são fundamentais para o bom funcionamento do intestino, pois dão maior consistência ao bolo fecal. Além disso, capturam açúcares e gorduras por um tempo longo e evitam que eles caiam rapidamente nos vasos sanguíneos, o que é uma vantagem e tanto, já que os níveis dessas partículas no sangue serão menores, evitando diabetes e colesterol elevado.
Dele se faz o... biodiesel
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) começaram a avaliar o uso de pinhão manso como matéria-prima para a fabricação de biodiesel. A ideia do estudo é criar variedades com menor toxicidade nas sementes - para que o material restante, após a extração do óleo, possa ser usado como ração animal. Apesar disso, o uso de pinhão como matéria-prima de biodiesel ainda é inexpressivo. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), mais de 75% do combustível produzido no País vem da soja. Mesmo assim, o alimento ganha importância aos pouquinhos. A companhia aérea TAM anunciou que deve testar o biocombustível de pinhão em suas aeronaves

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